Plano de Contas: o que é, importância e como estruturá-lo

Apesar de ser uma ferramenta muito utilizada na contabilidade, o plano de contas não é um documento exclusivo dos profissionais dessa área. Na realidade, esse plano deve ser familiar para todos os empreendedores, afinal, ele é a base para a criação de muitos relatórios e demonstrativos que uma hora ou outra você certamente precisará.

Separamos aqui as principais informações que você precisa saber sobre o assunto. Vem ver!

O que é plano de contas?

Antes de explicarmos o que é um plano de contas, é preciso destacar algumas palavras muito presentes na administração financeira. São elas: ativos, passivos, receitas e despesas. O plano de contas nada mais é do que um documento que contém a relação padronizada de todas essas operações, funcionando como uma lista de códigos e classificações.

Ele é utilizado para registrar as atividades da empresa e serve como base para definir orçamentos, ajudar na tomada de decisões e estruturar relatórios contábeis, como o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE).

Qual o objetivo de ter um plano de contas?

Muito mais do que contribuir para o controle das finanças, o plano de contas é utilizado para padronizar todo o sistema financeiro da empresa, o que faz uma grande diferença no momento de transmitir os números referentes ao negócio para a Receita Federal, por exemplo.

Além desse controle padronizado, ele também é usado para:

  • Otimizar relatórios e demonstrativos.
  • Promover uma análise detalhada do patrimônio da empresa.
  • Elaborar o orçamento do negócio.
  • Fornecer dados concretos.
  • Padronizar registros.

Quais as vantagens de ter um bom plano de contas?

Confira três benefícios que o plano de contas pode trazer para o seu negócio:

Contribuir com a tomada de decisões

Como comentamos anteriormente, o plano de contas reúne em um único local as principais informações financeiras do seu negócio. Por permitir um controle mais preciso, esse documento se torna um guia essencial para o seu planejamento estratégico e um aliado na hora de tomar decisões importantes.

Cumprir requisitos fiscais

O plano de contas pode ser considerado o “braço direito” da gestão financeira do seu negócio, mas vale lembrar que ele é necessário (para não dizer obrigatório) para que sua empresa cumpra os requisitos fiscais e esteja em dia com todas as suas obrigações.

Otimizar processos

Outra vantagem desse instrumento contábil é a otimização dos processos, como análise dos dados e avaliação das condições financeiras. Pode acreditar, ele facilita e simplifica consideravelmente o trabalho operacional de quem organiza as contas da empresa.

Qual a diferença entre plano de contas e manual de contas?

De forma resumida, o manual de contas faz parte do plano de contas. Vamos explicar:

Como você já sabe, o plano de contas é um grande compilado de normas, e acaba englobando o Manual de Contas, que descreve o funcionamento de cada conta, com comentários e indicações gerais sobre a aplicação e o uso de cada uma delas.

Como é a estrutura de um plano de contas?

Como o plano de contas é um compilado de padrões que serve de base para gerar outros documentos, a sua estrutura segue as orientações da lei das Sociedades Anônimas (S/As) e é dividido em quatro grandes grupos:

Ativos

Esse grupo representa as contas ativas da empresa, aquelas que fazem parte do patrimônio e são consideradas bens não palpáveis.

Se enquadram aqui as fontes de investimento, aplicações de recursos, contas bancárias, empréstimos, linhas de crédito e quaisquer valores investidos. A própria sede da empresa é considerada um ativo, pois também contribui para o patrimônio empresarial.

Passivos

Já esse grupo representa todas as obrigações e compromissos financeiros, como contas a pagar, parcelas de empréstimos, dívidas a serem quitadas, pagamentos a fornecedores, tributos e impostos.

É comum que algumas contas ativas também se encaixem em passivas. Vamos supor que sua empresa adquiriu um galpão para estoque: o galpão em si será um ativo, enquanto o seu pagamento será um passivo.

Receitas

As receitas são as entradas no caixa da empresa, como os valores referentes à venda de produtos ou serviços. Neste grupo, também pode ser considerada a renda obtida por outras fontes, como aluguéis.

Despesas 

Como o próprio nome já revela, essa categoria é referente aos pagamentos realizados, sejam eles a funcionários, fornecedores ou então para a compra de equipamentos e acessórios. As despesas de uma empresa também podem ser chamadas de contas passivas.

Contas sintéticas e analíticas: o que são e diferenças

Dentro de cada uma dessas quatro categorias citadas anteriormente, são criadas as contas sintéticas e as analíticas.

As sintéticas funcionam como agrupadoras, que são detalhadas em subcontas, as chamadas contas analíticas. Saiba mais sobre elas:

Contas sintéticas:

  • Seu saldo é obtido por meio da somatória do saldo de duas ou mais contas analíticas, ou de duas ou mais contas sintéticas.
  • Não recebem lançamentos.
  • São menos detalhadas.

Contas analíticas:

  • Seu saldo é obtido por meio de lançamentos, ou seja, dos registros de cada fato administrativo.
  • Representam os elementos patrimoniais com mais detalhamento.

Como elaborar um plano de contas eficiente? 

Depois de conhecer os grupos que formam o plano de contas, confira algumas dicas para elaborar esse documento:

  1. Se possível, envolva um empresário contábil no processo de criação da estrutura.
  2. Faça uma lista detalhada com todas as suas contas, receitas, despesas, custos e investimentos.
  3. Classifique a listagem acima dentro dos quatro grandes grupos: Ativos, Passivos, Receitas e Despesas. 
  4. Crie uma nomenclatura para todas essas contas, garantindo que os mesmos nomes sejam utilizados por todas as pessoas envolvidas, como gestores, contabilidade e controladoria.
  5. Por fim, traga para o plano de contas todos os indicadores importantes para o negócio. Eles serão úteis quando você precisar de insumos para demonstrações contábeis e informações financeiras, como a DRE.

Plano de contas referencial x plano de contas contábil

O Plano de Contas Referencial da Receita (PCRR) é um modelo criado pela Receita Federal. Além de padronizar as classificações de contas, ele também permite às empresas informarem adequadamente seus saldos contábeis na Escrituração Contábil Fiscal (ECF). 

O PCRR é obrigatório somente para as empresas enquadradas no Lucro Presumido ou Lucro Real. Se você optou pelo Simples Nacional, não precisa se preocupar com esse modelo.

Já o plano de contas contábil não precisa, necessariamente, seguir o formato do PCRR. Ele pode ser simplificado e utilizado apenas para compreensão da gestão e apoio no processo decisório.

Conclusão

Você já deve ter notado que o plano de contas é uma ferramenta essencial para o controle financeiro e para o cumprimento de obrigações fiscais.

Por ser uma ferramenta detalhada, é importante contar com o apoio de quem entende do assunto. Na Celero, por exemplo, customizamos o plano de conta de acordo com a realidade de cada empresa. Vem saber mais sobre nossos serviços e descobrir o que podemos fazer pelo seu negócio.

Celero

A Celero é uma empresa que oferta uma solução de gestão financeira empresarial (BFM) White Label para instituições financeiras, redes de franquias e revendas. Que leva todas as comodidades do Open Finance para o público PJ.

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