Como calcular os impostos do Simples Nacional?

Veja como calcular os seus impostos do simples nacional neste artigo.

No Brasil, a partir do momento que se cria um CNPJ – ou seja: uma empresa – você deve optar por qual Regime Tributário sua empresa irá se enquadrar.

Em princípio, eles podem ser: Lucro Presumido, Lucro Real e Simples Nacional (exclusiva para microempresas e empresas de pequeno porte).

E é exatamente sobre os impostos do Simples Nacional que vamos falar neste blog.

Dados da Receita Federal mostram que ele está presente em aproximadamente 13.177.733 empresas de todas as unidades federativas do Brasil. E esse número só cresce a cada dia.

Antes de mais nada, como ele surgiu? Por que esse nome? Qual a forma de cálculo? Que dia é pago? Como não me complicar com ele no meu fluxo de caixa? Quer saber a resposta para todas essas perguntas? Acompanhe esse blog!

Antes de tudo, vamos entender um pouco mais sobre como surgiram os impostos.

A estrutura tributária de hoje é herdada do Império – um período em que não havia diferenciação entre os poderes e divisão de áreas e setores diferenciados. Por fim, isso só mudou em 1891, com o estabelecimento da Constituição. Ou seja, foram 69 anos sem mudanças tributárias.

Nesse meio, foram aperfeiçoados alguns impostos necessários para a época, mas em 1922 foi formalizado o imposto de renda, uma contribuição para a União e dos Estados. Com Getúlio Vargas, em 1930, começou uma modernização no aspecto tributário no Brasil, pois os municípios e estados começaram a ter competência privativa.

Chegou então a era militar e, em 1967, entra em vigor o Código Tributário Nacional, onde foi formulado em 1966, que se compreende até o momento, sob amparo da Constituição Federal de 1988.

Mas cadê os impostos do tal do Simples Nacional?

Os impostos do simples nacional foram criados em 1996, com o intuito de facilitar o recolhimento de contribuições e diminuir a carga tributária das micro e pequenas empresas, proporcionar a geração de novos empregos, e diminuir a informalidade.

Na época, eram recolhidos o IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, INSS Patronal e poderia incluir ICMS e ISS – esses dois últimos só mediante a convênio. Em 2006, sob o governo Lula, entrou em vigor o Simples Nacional, desse modo o qual recebeu mudanças para ICMS e ISS sobre os convênios.

No entanto, esse regime tributário existem vantagens e desvantagens. Confira algumas delas:

Vantagens do Simples Nacional:

  • Uma única guia que contempla oito tributos por meio de uma alíquota.
  • O processo para a contabilidade se torna mais fácil.
  • Redução de custos trabalhistas.
  • O CNPJ passa a ter uma única inscrição ao invés de ter um para União, Estado e Município.

Desvantagens do Simples Nacional:

  • O cálculo é feito sobre o faturamento, e não pelo lucro. Dessa forma, a dica é consultar seu contador e analisar uma projeção para entender em qual regime sua empresa se enquadra melhor.
  • Não é identificado na Nota Fiscal o quanto foi pago de ICMS e IPI. Isso pode se tornar um problema caso você seja fornecedor de indústria, pela questão de geração de créditos.
  • Dependendo da sua atividade e da sua faixa de alíquota, você pode estar pagando mais impostos do que realmente precisa.

Para se enquadrar no Simples Nacional, a empresa pode declarar R$ 4,8 milhões de faturamento no mercado interno ao ano, nesse sentido o equivalente a R$ 400 mil reais mensais. Em contrapartida, as microempresas podem faturar até R$ 360 mil reais ao ano.

Agora que você já sabe que pode ou não enquadrar sua empresa no Simples Nacional, confira a dica de ouro para fazer o cálculo:

Dica para calcular os impostos do Simples Nacional

Em primeiro lugar, a Celero, em parceria com a Labor Contabilistas Associados, desenvolveu uma ferramenta para calcular de forma simples e rápida o seu Simples Nacional do mês.

Dessa forma, você conseguirá estimar o valor do imposto do próximo mês e evitar dor de cabeça no seu fluxo de caixa. Na calculadora, consta também uma aba com os anexos.

Seja como for, saiba como usar a calculadora que você baixar clicando no banner abaixo:

  1. Preencha a tabela de faturamento dos últimos 12 meses.
  2. Preencha apenas os campos em verde (faturamento do mês) e o anexo que sua empresa está. A partir disso, ele irá calcular os impostos do Simples Nacional do mês que desejar.
Banner de calculadora dos impostos do simples nacional

Para que não fiquem com dúvidas, confira o exemplo:

  1. Primeiramente, se você quer fazer previsão do Simples que será pago em junho, preencha a tabela de “Faturamento dos últimos 12 meses”, de junho de 2018 até abril de 2019, com seu faturamento.
  2. Em segundo lugar, na calculadora, inclua o faturamento esperado do mês. Neste exemplo, vamos seguir em maio de 2019, e a partir disso, saberemos o valor estimado a pagar do Simples em junho.
  3. Na “Calculadora do Simples Nacional”, inclua o faturamento esperado do mês de maio, e em seguida o anexo que sua empresa se enquadra. Assim, você saberá o valor do Simples que será pago em junho.
  4. Uma observação: nos anexos I e II, existe uma diferença, pois consta a redução do ICMS que o Paraná concede às empresas deste anexo.
  5. Agora, você já consegue estimar o valor dos seus impostos.


Por fim não esqueça: o vencimento é todo dia 20 de cada mês com a guia única chamada DAS. Todos os anos existem mudanças para o Simples, tanto no teto do faturamento, assim como na forma de calcular e nos anexos. Então, fique sempre atento e consulte seu contador para evitar problemas.


Celero

A Celero é uma empresa que oferta uma solução de gestão financeira empresarial (BFM) White Label para instituições financeiras, redes de franquias e revendas. Que leva todas as comodidades do Open Finance para o público PJ.

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